LIVRO DO CÉU
O CHAMADO ÀS CRIATURAS À ORDEM, AO SEU LUGAR E À FINALIDADE PARA A QUAL FORAM CRIADAS POR DEUS
36 VOLUMES
Jesus dá o título ao livro sobre Sua Vontade:
Encontrando-me em meu habitual estado, Meu sempre amável Jesus me fazia ver ao reverendo padre que deve ocupar-se da publicação dos escritos acerca da adorável Vontade de Deus, e Jesus pondo-se próximo a ele lhe dizia: "Meu filho, o título que darás ao livro que publicarás sobre Minha Divina Vontade será este: 'O Reino de Minha Divina Vontade em meio às criaturas. Livro do céu. O chamado às criaturas à ordem, a seu lugar e à finalidade para a qual foram criadas por Deus'. Olha minha filha, também o título que corresponde à grande obra de Minha Vontade, quero que a criatura compreenda que seu lugar, designado por Deus é em Minha Vontade e enquanto não entrar n'Ela, estará, sem lugar , sem ordem, sem finalidade, será um intruso na Criação, sem direito de permanência. Por isso, irá errante, sem paz, sem herança, e Eu, movido de compaixão por ela lhe gritarei continuamente: 'Entra em teu lugar, regressa à ordem, vem a tomar tua herança, a viver em tua casa. Por que queres viver em casa estranha? Por que queres ocupar terreno que não é teu? E não sendo teu, vives infeliz e és o servo e escárnio de todas as coisas criadas... Todas as coisas criadas por Mim, como permanecem em seu lugar, estão em ordem e em perfeita harmonia, estão com toda a plenitude dos bens que Deus lhes atribuiu, só tu queres ser infeliz, porém infelicidade voluntária'. Por isso, aquele que se prestará a fazer conhecer Minha Vontade será meu porta-voz, e Eu lhe confiarei os segredos do Reino d'Ela !"
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LIVRO DO CÉU, VOLUME 19, 27 DE AGOSTO DE 1926
Necessidade destes escritos, que são espelho divino:
“Meu sumo Bem, meu desejo é não escrever mais. Quanto me pesa, se não fosse por temor de sair de Teu Querer e desagradar-Te, não o faria" E Ele, interrompendo meu falar acrescentou:
“Tu não o queres, mas Eu o quero. Quero aquilo que te digo, e tu para obedecer escreves. Por hora, isso que escreves serve de espelho a ti e a aqueles que tomam parte em tua direção, mas virá o tempo em que servirá de espelho aos demais. Assim, o que tu escreves dito por Mim, se pode chamar espelho divino. E tu quiseras tirar este espelho de minhas criaturas? Pensa seriamente, minha filha, e não queiras restringir este espelho de graça em não escrever tudo.”
Eu ao ouvir isso, fiquei confusa e humilhada, e com grande repugnância de escrever estas últimas palavras Suas, mas a obediência se impôs absolutamente e só por obedecer escrevi.
Deo gratias
13 de outubro de 1906. Volume 07
A palavra de Jesus é Sol:
Nestes dias passados, não havia escrito nada do que Jesus me havia dito, sentia uma aversão, e Jesus ao vir, me disse:
“Minha filha, por que não escreves? Minha Palavra é luz, e assim como o Sol resplandece em todos os olhos, de modo que todos têm luz suficiente para todas as suas necessidades, assim cada palavra minha é mais que um Sol, que pode ser luz suficiente para iluminar cada mente e afervorar qualquer coração. Assim que cada Palavra Minha é um Sol que sai de Mim, que por ora serve só a ti, mas escrevendo-a servirá para outros. E tu, não escrevendo-a, vens a sufocar este Sol em Mim e a impedir o desabado de Meu Amor e todo o bem que poderia fazer um Sol”
E eu: Ah, Meu Jesus! Quem lerá palavra por palavra todos estes escritos que tu me ditas?”
E Ele: “Isso não deve interessar a ti, mas a Mim. E mesmo que não fosse nenhum, o que não será, os tantos Sóis de Minhas palavras surgirão majestosos, pondo-se para o bem de todos. Por outro lado, se não as escreves, impedes que o Sol surja, e farias tanto mal como quem pudesse impedir que o Sol surgisse sobre o horizonte. Quantos males não faria à Terra? Ele à natureza e tu às almas. Além disso, é glória do Sol resplandecer majestoso e tomar como em um pulho a Terra e, a todos com sua Luz, o mal é para quem não a aproveita. Assim será do Sol de Minhas Palavras, será Minha glória o fazer surgir tantos diferentes sóis encantadores e belos, por quantas palavras digo, o mal será para quem não as aproveita.”
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27 de dezembro de 1918; Volume 12
"Olha como é necessário fazer entender que se necessita o pleno abandono para viver em Minha Vontade, e tu dizes que não era necessário escrever sobre isso. Compadeço-me de ti, porque tu não vês o que Eu vejo, por isso o tomas despreocupadamente. Ao contrário, em Minha Onipotência vejo que estes escritos serão para Minha Igreja como um novo Sol que surgirá no meio dela, e os homens, atraídos por sua luz deslumbrante, se aplicarão para transformar-se nesta luz, e sair espiritualizados e divinizados, pela qual renovando-se a igreja, transformarão a face da Terra.
A doutrina sobre Minha Vontade é a mais pura, a mais bela, não sujeita a sombra de matéria ou de interesse, tanto em ordem sobrenatural como em ordem natural. Por isso, será à maneira do Sol, a mais penetrante, a mais fecundada e a mais bem-vinda, e acolhida. E como é luz, por si mesma se fará entender e fará o seu caminho. Não estará sujeita a dúvidas, a suspeitas de erro, e se alguma palavra não for compreendida, será a demasiada luz, que eclipsando a inteligência humana, não poderão compreender toda a plenitude da verdade. Mas não encontrarão uma palavra que não seja verdade, no máximo, não poderão compreendê-la completamente. Por isso, em vista do bem que vejo, te incito a que nada deixes de escrever, um dito, um efeito, uma semelhança sobre Minha Vontade, pode ser como um orvalho benéfico o orvalho sobre as plantas, depois de um dia de Sol ardente, como uma chuva abundante, depois de longos meses de seca. Tu não podes entender todo, o bem, a luz, a força que há dentro de uma palavra, mas Jesus o sabe, e sabe a quem deve servir e o bem que deve fazer."
Agora, enquanto isso dizia, fez-me ver no meio da igreja uma mesa e todos os escritos sobre a Divina Vontade postos em cima. Muitas pessoas veneráveis rodeavam essa mesa e saíam transformadas em luz e divinizadas, e conforme caminhavam, comunicavam aquela luz a quem encontravam.
E Jesus acrescentou: "Tu verás do Céu o grande bem quando a igreja receber este alimento celestial, que fortificando-lhe, a fará ressurgir em seu pleno triunfo".
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10 de fevereiro de 1924, Volume 16
“Minha Filha, quanto Me interessa Minha Vontade, como amo, suspiro que seja conhecida. É tanto Meu interesse, que estou disposto a dar qualquer graça a quem quiser ocupar-se de fazê-la conhecida. Oh! Como quisera que se fizesse logo, porque vejo que todos os meus direitos me serão restituídos e a ordem entre Deus e a criatura será restabelecida. Não darei mais meus bens pela metade às gerações humanas, mas todos inteiros. Nem receberei mais delas coisas incompletas, mas todas inteiras. Ah, minha filha! O poder e o querer dar e não encontrar a ninguém a quem dar, é sempre uma pena e um peso sem esperança de ser aliviada. Se tu soubesses com quanto zelo de amor estou em torno à alma quando a vejo disposta a fazer seus atos em Minha Vontade... antes que comece o ato, nele faço correr a luz e a virtude de Minha Vontade, a fim de que o ato tenha seu princípio sobre a virtude que contém Minha Vontade. Conforme a criatura o vai formando, assim a investem e desdobram, e conforme o cumpre, a luz se sela sobre ele e lhe dá a forma de um ato divino. E oh, como goza Minha Suprema Bondade, ao ver que a criatura possui este ato divino! A estes atos, Meu eterno Amor não diz jamais basta, dá e dá sempre, porque diante desses atos divinos formados pela criatura em Minha Vontade, Meu Amor não sabe limitar-se, porque sendo divinos, deve recompensá-los com amor infinito e sem limites. Não vês tu mesma com quanto amor te guio, te acompanho e chego muitas vezes a fazer junto contigo o que tu fazes? E isso para dar um valor divino a teus atos. Como estou feliz ao ver que em virtude de Minha Vontade teus atos são divinos, similares aos Meus. Não há mais distância entre teu pequeno amor e o Meu, entre tua adoração e a minha pois tudo investido pela luz do Querer eterno perde o finito, as aparências humanas e adquire o infinito e a substância divina, e transformando tudo junto, o obrar de Deus e da alma, forma deles um só. Por isso, sê atenta e teu voo em Minha Vontade seja contínuo".
18 de agosto de 1926, Volume 19
Depois disso, pensava no grande sacrifício de escrever, em minhas repugnâncias, nas lutas que tenho sofrido para escrever, e que só o pensamento de poder desgostar a Meu amado Jesus me fez fazer o sacrifício de obedecer a quem me ordenava fazê-lo. No entanto, dizia comigo mesma:"Quem sabe onde irão terminar estes escritos, em que mãos poderão estar? Quem sabe quantas cogitações, quantas oposições farão, quantas dúvidas?" E me sentia intranquila, minha mente era afligida por tal apreensão, que me sentia morrer. E Meu doce Jesus, para tranquilizar-me regressou dizendo-me:
“Minha filha, não te turbes, estes escritos são Meus, não teus, e não importa em que mãos possam estar, nenhuma poderá tocá-los para deteriorá-los, Eu os saberei guardar e defender, porque Me pertencem. E qualquer um que os tome com boa e reta vontade encontrará neles uma cadeia de luz e de amor com os quais amo as criaturas. Esses escritos os posso chamar desabafo de Meu Amor, loucuras, delírios, excessos de Meu Amor, com o qual quero vencer a criatura, a fim de que regresse em Meus braços, para fazê-la sentir quanto a amo. E para fazê-la conhecer mais quanto a amo, quero chegar ao excesso de dar-lhe o grande dom de Minha Vontade como vida, porque só com Ela o homem poderá se colocar seguro e sentir as chamas de Meu Amor, Minhas ânsias de quanto a amo. Assim que, quem ler esses escritos com a intenção de encontrar a verdade, sentirá Minhas chamas e se sentirá transformado em amor e Me amará mais. Agora, quem os ler para encontrar cogitações e dúvidas, sua inteligência ficará cega e confusa por Minha luz e por Meu Amor.
"Minha filha, o bem, Minhas verdades, produzem dois efeitos um contrário ao outro:'Para os dispostos são luz para formar o olho em sua inteligência e vida para dar a vida de santidade que Minhas verdades encerram. Aos indispostos os cega e os priva do bem que Minhas verdades encerram'.”
Depois acrescentou: "Minha filha, tem coragem, não queiras turbar-te. O que fez Teu Jesus era necessário a Meu Amor e a importância do que te devia manifestar sobre Minha Vontade. Posso dizer que devia servir à Minha própria Vida e para Me fazer cumprir a obra da Criação. Por isso, era necessário que ao princípio desse teu estado, usasse contigo tantas estratagemas de amor, que haja tido tantas intimidades contigo, que chega a parecer incrível como cheguei a tanto. E também porque te fiz sofrer tanto para ver se tu te submetias a tudo, e depois te afogava com minhas graças, com Meu Amor, e te submetia novamente às penas, para estar seguro de que não Me haverias negado nada, e isso para vencer tua vontade. Oh, se Eu não te houvesse mostrado quanto te amo, se não houvesse dado generosamente tantas graças, crês tu que haveria sido fácil te submeter a esse estado de pena, e por tanto tempo? Era Meu Amor, Minhas Verdades, que a tinham e a têm ainda como magnetizada em Quem tanto te ama. Tudo o que tenho feito ao princípio desse teu estado era necessário, porque devia servir como fundo, como decência, decoro, preparação, santidade e disposição às grandes verdades que te devia manifestar sobre Minha Divina Vontade. Por isso, dos escritos terei mais interesse Eu do que tu, porque são Meus, e uma só verdade sobre Meu Fiat Me custa tanto, que supera o valor de toda a Criação, porque a Criação é uma obra Minha, por outro lado, Minha verdade é Minha Vida, e Vida que quero dar às criaturas, e o podes compreender pelo que tens sofrido e pelas graças que te fiz, para chegar a manifestar-te Minhas verdades sobre Meu Santo Querer. Por isso, tranquiliza-te e amemo-nos, minha filha, não rompamos nosso amor, porque nos custa demasiado aos dois, tu com ter tua vida sacrificada à Minha disposição e Eu com o sacrificar-Me por ti".
19 de maio de 1938, Volume 36
O próprio Jesus se fará vigilante guardião desses escritos, e o interesse será todo Seu:
Depois disso, me sentia pensativa sobre esses benditos escritos, e pela insistência de Meu amado Jesus, ao querer que continue escrevendo. E além disso, depois de tantos sacrifícios, onde irão terminar? E meu amado Jesus, interrompendo meu pensamento me disse:
“Minha filha, não te preocupes, Eu serei vigilante guardião, porque Me custam demasiado, custam-Me a Minha Vontade, a Qual entra nesses escritos como Vida primária. Poderia chamá-los: 'Testamento de Amor que faz Minha Vontade às criaturas.’ Ela se faz doadora de Si mesma e as chama a viver em Sua herança, mas com modos tão suplicantes, atraentes, amorosos, que só os corações de pedra não se moverão à compaixão e não sentirão a necessidade de receber um bem tão grande. Então, esses escritos estão cheios de Vidas Divinas, as quais não se podem destruir e se alguém quisesse tentá-lo, lhe aconteceria como a aquele que quisera destruir o céu, o qual, ofendido, lhe cairia em cima, por todas as partes, e o aniquilaria debaixo de sua abóbada azul, de modo que o céu permaneceria em seu lugar e todo mau caria sobre aquele que quisera destruir o céu; ou quem quisesse destruir o Sol, o Sol riria dele e o queimaria; ou como outro que quisesse destruir as águas do mar, o mar o afogaria. É necessário muito para tocar o que te fiz escrever sobre Minha Vontade, porque posso chamar nova criação vivente e falante. Tudo isso será o último alarde, o último desabafo de Meu Amor para as gerações humanas. Além disso, tu deves saber que a cada palavra que te faço escrever Sobre Meu Fiat, duplico Meu Amor para ti e para quem os lerá, para fazê-los ficar embalsamados por Meu Amor. Assim, conforme escreves, me dás o campo para amar-te mais. Vejo o grande bem que farão, sinto cada palavra Minha as vidas palpitantes das criaturas que conhecerão o bem de Minha Palavra e formarão a Vida de Minha Vontade nelas. Por isso, o interesse será todo Meu, e Tu deves saber que esses escritos saíram do centro do grande Sol de Minha Vontade, cujos raios estão cheios das verdades saídas desse centro, os quais abraçam todos os tempos, todos os séculos, todas as gerações. Esta grande quantidade de raios de luz enche Céu e Terra e por caminhos de luz chama a todos os corações, e roga e suplica que recebam a Vida palpitante de Meu Fiat, que Nossa Paterna Bondade se dignou a ditar desde dentro de Seu centro, com os modos mais insinuantes, atraentes, afáveis, cheios de doçura, e com Amor tão grande que dá no incrível, e faz ficarem perplexos os próprios anjos. Cada palavra pode chamar-se um portento de Amor, um maior que o outro. Por isso, querer tocar esses escritos é querer tocar em Mim mesmo, o centro de Meu Amor, Minhas finezas amorosas com as quais amo as criaturas. Eu saberei defender a Mim mesmo e confundir a quem quiser minimamente desaprovar ainda que uma só palavra do que está escrito sobre Minha Divina Vontade. Por isso, continua escutando-Me, minha filha, não queiras impedir a Meu Amor, nem Me queiras atar os braços com o fazer retroceder em Meu seio o que quero que continues escrevendo. Esses escritos Me custam demais, eles Me custam quanto custo Eu mesmo. Por isso, terei cuidado, que nem sequer uma palavra deixarei que se perca."